A Estrela anuncia: Jesus Cristo é a luz do mundo.Autoria: Cand. P. Scheila dos Santos Dreher, out. 1999
Objetivo: Confrontar o Natal comercial com o verdadeiro sentido do Natal – a vinda de Jesus ao mundo, o próprio Deus, que trouxe luz para a humanidade.
Personagens: mãe, filha (Sara), filho (Mateus), filha (Raquel), Estrela, José e Maria, 3 ou 4 pastores de ovelhas e 3 estudiosos das estrelas.
Cenário: Igreja. Em um dos lados do altar, uma cabana, com plantas ao redor. No outro lado, um muro, onde os/as figurantes poderão sentar-se (classes cobertas com papel pardo), de modo a que sejam vistos/as pelas pessoas que estão sentadas no fundo da igreja. Céu com estrelas.
Duração: 40 min. O início do Culto pode seguir a liturgia de entrada, como de costume.
A comunidade recebe na entrada da igreja uma vela encaixada numa estrela de papel.
__________________________________________
CENA I: Crianças entram com a mãe pelo corredor da igreja trazendo num saco de lixo os poucos pertences que possuem (cobertor, boneca velha, saco com bolachas ...). Estão mal vestidas. É noite. No céu brilham estrelas (podem ser móbiles ou uma lona preta com estrelas confeccionadas de papel dourado ou prateado). Igreja na semi-escuridão. Ouve-se uma música suave.
Mateus: Que sorte achar aquela velha garagem hoje a tarde, quando caiu a tempestade. Dessa vez mamãe, não me molhei nadinha!.
Sara: Olhando para o céu, nem parece que choveu. Veja Mateus, quantas estrelas!
Mateus: É mesmo, Sara.
Mãe: Venham crianças. Vamos passar essa noite aqui mesmo. Parece que daqui ninguém nos mandará embora.
Ouve-se uma música suave. A mãe senta-se “no muro”; Mateus, Raquel e Sara recostam a cabeça no ombro ou no colo da mãe.
A Estrela entra em cena. Fica no púlpito, observando o que os quatro conversam.
Raquel: Mamãe, você viu como estava a cidade hoje? As pessoas entravam e saíam das lojas. E como compravam! Quantos pacotes de presentes!
Mãe: É verdade, minha filha.
Mateus: Eu vi na loja grande daquele homem gordo e de barba, um carrossel que girava e tocava uma música. E tinha crianças em cima dos cavalinhos. Mãe, escuta, o carrossel era deste tamanho (gesto exagerado). Aí, como da outra vez em que parei na vitrine para dar uma espiadinha, o homem veio e gritou bem forte: Sai daí, moleque. Se você não tem dinheiro, não venha xeretar. Aqui só entra gente de bem. E fique sabendo: Não quero gente pobre e fedendo a falta de banho na minha loja, porque neste Natal, eu quero é ganhar muito dinheiro.
Mãe: É filho, toda essa correria na cidade é por causa do Natal.
Sara: Mamãe, eu sei o que é o Natal.
Mãe: Sabe, minha filha? Onde você ouviu sobre o Natal?
Sara: Hoje mesmo, mamãe. Raquel e eu estávamos passando em frente a uma casa grande e bonita e vimos dois meninos brincando no jardim. Eles tinham brinquedos legais e então paramos para olhar um pouco como eles brincavam. Ficamos bem quietinhas. Nos escondemos atrás de um carro que estava estacionado por ali. Foi então que ouvimos eles conversando sobre o Natal.
Raquel: Isso mesmo. A história que eles contaram foi assim: (música de fundo) “Tinha um homem chamado José. Ele era natural de uma capital, muito longe daqui. Já não me lembro mais o nome. Ele era muito rico. Um dia, José se casou com Maria, porque ela era linda, parecia uma princesa. E Maria estava grávida. Todo mundo já sabia que a criança que ela esperava seria muito importante, porque seria filha de gente rica. Tinha também um Imperador na história. Imperador é um rei, mamãe. O nome dele era César Augusto. Então ele mandou que cada pessoa fosse para a cidade onde havia nascido, porque ele queria ver quanta gente havia no seu reino.
Sara: Por isso José contratou um monte de homens e carruagens e Maria encheu muitas malas com todos os seus vestidos e com o enxoval para o bebê, porque podia acontecer da criança nascer nesse tempo em que eles estivessem viajando. Quando eles chegaram em Belém, onde era a terra de José, a banda de música da cidade já estava esperando por eles.
Raquel: Certo. E José e Maria se hospedaram num hotel 5 estrelas, de muito luxo. E não é que a criança nasceu mesmo naqueles dias? José chamou os especialistas da cidade para cuidar do bebê. Era um menino. Ele foi chamado de Jesus.
Sara: E Maria ficou muito feliz, porque toda a imprensa de Belém veio fotografar Jesus e pessoas importantes da sociedade mandaram presentes caros. Mamãe, essa é a história do Natal. Todo esse movimento na cidade é para comemorar o nascimento desse Jesus, um menino rico e importante que deu presentinhos para as crianças pobres, quando assumiu as empresas de seu pai e também ficou muito rico.” (Texto adaptado de “Somos Confirmados – Livro do Confirmando”, p.86)
Mateus: Ah, agora eu entendo. É por isso que nós não somos bem-vindos em lugar nenhum. Porque a gente não é importante como esse tal de menino Jesus. Natal, então, deve ser festa de gente rica e importante! E Jesus deve ter a cara do Papai Noel porque, afinal de contas, tem Papai Noel espalhado por toda a cidade!
Mãe: Sara, Raquel, Mateus. Quando eu era criança, assim como vocês, ouvi uma história muito diferente sobre o Natal de Jesus. Mas a vida tem sido muito dura para todos nós e acabei perdendo a esperança e desacreditando naquilo que ouvi. Acabo tendo que concordar com vocês. Natal parece ser mesmo comprar e dar presentes, fazer uma grande festa em casa com tudo de bom que o dinheiro é capaz de comprar, sem se importar com mais ninguém. (cansada ...) Agora, chega de conversa. Vamos dormir, porque a noite já vai longe.
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Comunidade canta n° 29 do HPD – “Jubiloso, venturoso”.
CENA II: Coro canta “Na noite calma de Belém” – Para Cantar no Natal, n° 19. Enquanto a mãe, Mateus, Raquel e Sara dormem, entra a Estrela (pessoa vestida toda com roupas pretas; na cabeça, uma grande estrela com cauda). Os quatro se acordam com o brilho da estrela e se levantam. Dão-se as mãos.
Estrela: Boa noite. Me permitam interromper o sono de vocês. Lá do céu, ouvi o que vocês conversavam. Desci até aqui, porque fui testemunha do nascimento de Jesus e precisava contar-lhes como tudo realmente aconteceu. Então, vocês saberão quem é Jesus, porque ele nasceu, e o que festejamos no Natal. Sentem-se, meus amigos.
Todos se sentam. Coro canta a primeira estrofe e o estribilho de “Uma noite no Oriente, uma estrela apareceu”.
Estrela: Maria, uma moça de família simples, recebeu a visita de um anjo de Deus. O anjo lhe disse que ela esperava um filho, cujo nome seria Jesus. (José e Maria vem chegando pelo corredor da igreja. Maria, com gravidez adiantada. Caminham devagar para a casinha montada ao lado do altar.) E aconteceu que naqueles dias José, seu marido, e Maria tiveram que viajar de Nazaré até Belém, porque o rei, César Augusto, queria saber quantas pessoas tinha em seu país. José e Maria eram pessoas humildes, sem posses. Quando chegaram a Belém, bateram de porta em porta e não encontraram um lugar onde pudessem passar a noite. (Maria e José batem nos bancos da igreja, como se estivessem batendo em portas.) Acabaram tendo que dormir numa estrebaria, um lugar sem luxo algum, onde os animais passam a noite. E foi numa estrebaria que Jesus nasceu (Já na casinha, Maria “aparece” com o bebê nos braços e o embala). Berço ele não teve. Maria o enrolou num pano e José deitou-o num coxo de animais (encenar o que foi dito).
Sara: Então foi assim que aconteceu? E a imprensa que veio fotografar o menino?
Estrela: Não, Sara. (Enquanto a Estrela fala, os pastores de ovelhas entram pelo corredor da igreja e vão em direção à casinha, posicionando-se lá.) Quem primeiro tomou conhecimento do nascimento de Jesus foram homens simples, pastores de ovelhas. Eles cuidavam de seu rebanho quando ouviram um coro de anjos que cantava assim ...
Coro canta a segunda parte da 1a estrofe de “Surgem anjos proclamando” (Glória ...), n° 20 HPD.
Estrela: Um anjo lhes disse que havia nascido Jesus, o Salvador. Explicou-lhes onde podiam encontrá-lo. Os pastores de ovelhas então foram rápido a procura de Jesus.
Mateus: E Jesus ganhou mesmo presentes?
Estrela: Sim, mas não como vocês imaginam. Isso aconteceu assim. (Entram os estudiosos das estrelas e juntam-se ao presépio.) Havia naquela época pessoas que estudavam as estrelas. Elas viram uma estrela muito especial no céu, que brilhava intensamente. E por isso seguiram a estrela. Chegando a Belém, encontraram, Jesus. E na alegria de encontrar-se com o menino que todo o povo judeu esperava, deram presentes a ele. (Os estudiosos entregam os presentes que trouxeram.)
Coro canta 3a estrofe de “Quero ir com os pastores”, n° 31 HPD.
Raquel: Estrela, e onde você estava enquanto isso?
Estrela: Deus, que é senhor de toda a criação, me colocou no céu, como a estrela mais brilhante, para anunciar a chegada de Jesus. Por isso eu fiquei no céu, sobre a estrebaria.
Sara: E o que você deveria fazer lá?
Estrela: Com minha luz, eu não quis chamar a atenção para mim mesma, mas apontar para Jesus. Ele sim veio trazer luz ao mundo. Eu fui apenas um instrumento de Deus para anunciar a vinda de Jesus ao mundo.
Mãe: Ah, estou me lembrando de algo que está escrito na Bíblia, que ouvi quando eu era criança. Foi assim: “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”.
Estrela: Isso mesmo. Vejam essa vela. Ela é pequena e frágil. Mas quando tudo está escuro, ela é muito importante. (As luzes da igreja são desligadas). Vou acendê-la. Prestem atenção. Pronto. Agora sim. Se andarmos por aí no escuro, vamos nos bater em muitos objetos e poderemos nos machucar. Ficaremos confusos, pois não há nada para nos orientar. Se andarmos com a vela na mão, poderemos caminhar sem medo, pois estaremos enxergando o que está à nossa frente (Enquanto a Estrela fala, ela caminha com a vela e ilumina o rosto da mãe, do Mateus, da Raquel e da Sara). Por isso dizemos que Jesus é a luz do mundo. (As luzes da igreja são novamente acesas.)
Mateus: Espere aí! Acho que entendi. Assim como esta vela ilumina o caminho, Jesus também quer iluminar nossa vida.
Estrela: Exatamente, Mateus. Mesmo que a vida esteja difícil e pareça não haver mais motivos para continuar caminhando, Jesus quer nos dar esperança. Através de pessoas que vivem ao nosso redor, ele quer iluminar nossa vida quando passamos por momentos onde já não podemos mais sozinhos encontrar uma saída.
Raquel: Legal! Quer dizer que Jesus não veio só para pessoas importantes da sociedade. Ele veio também para nós!
Estrela: É isso aí. Jesus quer uma vida boa para todas as pessoas. Não quer que ninguém sofra, não quer que as pessoas passem qualquer tipo de necessidade. Para ele, todas as pessoas são importantes porque foram criadas à imagem de Deus. Por isso, Jesus nos faz um convite. Ele nos convida a lutarmos pela dignidade de pessoas que sofrem algum tipo de exclusão da vida boa que Deus deseja para todos. Jesus nos convida a sermos luz na vida de outras pessoas. Podemos ser pequenas estrelas que não querem ser o centro das atenções, mas que brilham para iluminar a vida de outras pessoas.
Sara: Ah, que bom! Assim, uma pessoa ajuda a outra e a vida fica bem melhor, não é isso?
Estrela: Isso mesmo. Cada pessoa é responsável pelo bem-estar da outra, em todos os sentidos. Cada pessoa também é responsável pela criação de Deus como um todo, pela natureza, pelos animais, pelos rios ...
Mateus: Estrela, só não entendi ainda uma coisa. Por quê as pessoas se dão presentes? E o Papai Noel?
Estrela: As pessoas dão presentes porque querem mostrar a alegria pelo grande presente que Deus nos deu: Jesus. Os presentes lembram o aniversário de Jesus. Mas não são os presentes e nem o Papai Noel o mais importante no Natal. O centro do Natal é o próprio Jesus. Ele sim, veio para dar um novo sentido à nossa vida. Venham até aqui. Vamos acender mais velas. Assim, vocês verão como tudo fica bonito e como é mais fácil caminhar quando uma pessoa é luz para a outra.
Todos acendem sua vela na da Estrela.
Estrela: (vem à frente e dirige-se para a comunidade) Cada um e cada uma de vocês pode deixar que sua vida seja iluminada por Jesus. Assim a vida terá sentido. Mas vocês também podem ser estrelas na vida de outras pessoas. Estrelas que brilham e tornam o caminho da vida mais leve. Estrelas que não buscam engrandecer a si próprias com o seu brilho, mas que apontam para Cristo. Estrelas que não brilham sozinhas, mas que estão ligadas à comunidade daqueles que se deixam guiar por Jesus.
Sara: Isso é o Natal: Festa da comunidade cristã pelo nascimento de Jesus, a luz do mundo!
Todos: (de mãos dadas) Neste Natal, vamos deixar que Deus ilumine nossa vida. Vamos recebê-lo em nossa casa, em nossos corações. Vamos iluminar a vida de outras pessoas porque ele iluminou a nossa vida primeiro.
Enquanto Mateus, Sara, Raquel, a Estrela e a mãe vão acendendo as velas da comunidade, todos cantam o n° 31 do HPD – “Quero ir com os pastores”. Depois que toda a comunidade tem sua vela acesa,pode-se encerrar o Culto de Natal com uma oração, seguida do Pai Nosso. As luzes da igreja são novamente desligadas, as pessoas dão-se as mãos e canta-se “Noite Feliz”.
coisas de MELINA
Objetivo: Confrontar o Natal comercial com o verdadeiro sentido do Natal – a vinda de Jesus ao mundo, o próprio Deus, que trouxe luz para a humanidade.
Personagens: mãe, filha (Sara), filho (Mateus), filha (Raquel), Estrela, José e Maria, 3 ou 4 pastores de ovelhas e 3 estudiosos das estrelas.
Cenário: Igreja. Em um dos lados do altar, uma cabana, com plantas ao redor. No outro lado, um muro, onde os/as figurantes poderão sentar-se (classes cobertas com papel pardo), de modo a que sejam vistos/as pelas pessoas que estão sentadas no fundo da igreja. Céu com estrelas.
Duração: 40 min. O início do Culto pode seguir a liturgia de entrada, como de costume.
A comunidade recebe na entrada da igreja uma vela encaixada numa estrela de papel.
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CENA I: Crianças entram com a mãe pelo corredor da igreja trazendo num saco de lixo os poucos pertences que possuem (cobertor, boneca velha, saco com bolachas ...). Estão mal vestidas. É noite. No céu brilham estrelas (podem ser móbiles ou uma lona preta com estrelas confeccionadas de papel dourado ou prateado). Igreja na semi-escuridão. Ouve-se uma música suave.
Mateus: Que sorte achar aquela velha garagem hoje a tarde, quando caiu a tempestade. Dessa vez mamãe, não me molhei nadinha!.
Sara: Olhando para o céu, nem parece que choveu. Veja Mateus, quantas estrelas!
Mateus: É mesmo, Sara.
Mãe: Venham crianças. Vamos passar essa noite aqui mesmo. Parece que daqui ninguém nos mandará embora.
Ouve-se uma música suave. A mãe senta-se “no muro”; Mateus, Raquel e Sara recostam a cabeça no ombro ou no colo da mãe.
A Estrela entra em cena. Fica no púlpito, observando o que os quatro conversam.
Raquel: Mamãe, você viu como estava a cidade hoje? As pessoas entravam e saíam das lojas. E como compravam! Quantos pacotes de presentes!
Mãe: É verdade, minha filha.
Mateus: Eu vi na loja grande daquele homem gordo e de barba, um carrossel que girava e tocava uma música. E tinha crianças em cima dos cavalinhos. Mãe, escuta, o carrossel era deste tamanho (gesto exagerado). Aí, como da outra vez em que parei na vitrine para dar uma espiadinha, o homem veio e gritou bem forte: Sai daí, moleque. Se você não tem dinheiro, não venha xeretar. Aqui só entra gente de bem. E fique sabendo: Não quero gente pobre e fedendo a falta de banho na minha loja, porque neste Natal, eu quero é ganhar muito dinheiro.
Mãe: É filho, toda essa correria na cidade é por causa do Natal.
Sara: Mamãe, eu sei o que é o Natal.
Mãe: Sabe, minha filha? Onde você ouviu sobre o Natal?
Sara: Hoje mesmo, mamãe. Raquel e eu estávamos passando em frente a uma casa grande e bonita e vimos dois meninos brincando no jardim. Eles tinham brinquedos legais e então paramos para olhar um pouco como eles brincavam. Ficamos bem quietinhas. Nos escondemos atrás de um carro que estava estacionado por ali. Foi então que ouvimos eles conversando sobre o Natal.
Raquel: Isso mesmo. A história que eles contaram foi assim: (música de fundo) “Tinha um homem chamado José. Ele era natural de uma capital, muito longe daqui. Já não me lembro mais o nome. Ele era muito rico. Um dia, José se casou com Maria, porque ela era linda, parecia uma princesa. E Maria estava grávida. Todo mundo já sabia que a criança que ela esperava seria muito importante, porque seria filha de gente rica. Tinha também um Imperador na história. Imperador é um rei, mamãe. O nome dele era César Augusto. Então ele mandou que cada pessoa fosse para a cidade onde havia nascido, porque ele queria ver quanta gente havia no seu reino.
Sara: Por isso José contratou um monte de homens e carruagens e Maria encheu muitas malas com todos os seus vestidos e com o enxoval para o bebê, porque podia acontecer da criança nascer nesse tempo em que eles estivessem viajando. Quando eles chegaram em Belém, onde era a terra de José, a banda de música da cidade já estava esperando por eles.
Raquel: Certo. E José e Maria se hospedaram num hotel 5 estrelas, de muito luxo. E não é que a criança nasceu mesmo naqueles dias? José chamou os especialistas da cidade para cuidar do bebê. Era um menino. Ele foi chamado de Jesus.
Sara: E Maria ficou muito feliz, porque toda a imprensa de Belém veio fotografar Jesus e pessoas importantes da sociedade mandaram presentes caros. Mamãe, essa é a história do Natal. Todo esse movimento na cidade é para comemorar o nascimento desse Jesus, um menino rico e importante que deu presentinhos para as crianças pobres, quando assumiu as empresas de seu pai e também ficou muito rico.” (Texto adaptado de “Somos Confirmados – Livro do Confirmando”, p.86)
Mateus: Ah, agora eu entendo. É por isso que nós não somos bem-vindos em lugar nenhum. Porque a gente não é importante como esse tal de menino Jesus. Natal, então, deve ser festa de gente rica e importante! E Jesus deve ter a cara do Papai Noel porque, afinal de contas, tem Papai Noel espalhado por toda a cidade!
Mãe: Sara, Raquel, Mateus. Quando eu era criança, assim como vocês, ouvi uma história muito diferente sobre o Natal de Jesus. Mas a vida tem sido muito dura para todos nós e acabei perdendo a esperança e desacreditando naquilo que ouvi. Acabo tendo que concordar com vocês. Natal parece ser mesmo comprar e dar presentes, fazer uma grande festa em casa com tudo de bom que o dinheiro é capaz de comprar, sem se importar com mais ninguém. (cansada ...) Agora, chega de conversa. Vamos dormir, porque a noite já vai longe.
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Comunidade canta n° 29 do HPD – “Jubiloso, venturoso”.
CENA II: Coro canta “Na noite calma de Belém” – Para Cantar no Natal, n° 19. Enquanto a mãe, Mateus, Raquel e Sara dormem, entra a Estrela (pessoa vestida toda com roupas pretas; na cabeça, uma grande estrela com cauda). Os quatro se acordam com o brilho da estrela e se levantam. Dão-se as mãos.
Estrela: Boa noite. Me permitam interromper o sono de vocês. Lá do céu, ouvi o que vocês conversavam. Desci até aqui, porque fui testemunha do nascimento de Jesus e precisava contar-lhes como tudo realmente aconteceu. Então, vocês saberão quem é Jesus, porque ele nasceu, e o que festejamos no Natal. Sentem-se, meus amigos.
Todos se sentam. Coro canta a primeira estrofe e o estribilho de “Uma noite no Oriente, uma estrela apareceu”.
Estrela: Maria, uma moça de família simples, recebeu a visita de um anjo de Deus. O anjo lhe disse que ela esperava um filho, cujo nome seria Jesus. (José e Maria vem chegando pelo corredor da igreja. Maria, com gravidez adiantada. Caminham devagar para a casinha montada ao lado do altar.) E aconteceu que naqueles dias José, seu marido, e Maria tiveram que viajar de Nazaré até Belém, porque o rei, César Augusto, queria saber quantas pessoas tinha em seu país. José e Maria eram pessoas humildes, sem posses. Quando chegaram a Belém, bateram de porta em porta e não encontraram um lugar onde pudessem passar a noite. (Maria e José batem nos bancos da igreja, como se estivessem batendo em portas.) Acabaram tendo que dormir numa estrebaria, um lugar sem luxo algum, onde os animais passam a noite. E foi numa estrebaria que Jesus nasceu (Já na casinha, Maria “aparece” com o bebê nos braços e o embala). Berço ele não teve. Maria o enrolou num pano e José deitou-o num coxo de animais (encenar o que foi dito).
Sara: Então foi assim que aconteceu? E a imprensa que veio fotografar o menino?
Estrela: Não, Sara. (Enquanto a Estrela fala, os pastores de ovelhas entram pelo corredor da igreja e vão em direção à casinha, posicionando-se lá.) Quem primeiro tomou conhecimento do nascimento de Jesus foram homens simples, pastores de ovelhas. Eles cuidavam de seu rebanho quando ouviram um coro de anjos que cantava assim ...
Coro canta a segunda parte da 1a estrofe de “Surgem anjos proclamando” (Glória ...), n° 20 HPD.
Estrela: Um anjo lhes disse que havia nascido Jesus, o Salvador. Explicou-lhes onde podiam encontrá-lo. Os pastores de ovelhas então foram rápido a procura de Jesus.
Mateus: E Jesus ganhou mesmo presentes?
Estrela: Sim, mas não como vocês imaginam. Isso aconteceu assim. (Entram os estudiosos das estrelas e juntam-se ao presépio.) Havia naquela época pessoas que estudavam as estrelas. Elas viram uma estrela muito especial no céu, que brilhava intensamente. E por isso seguiram a estrela. Chegando a Belém, encontraram, Jesus. E na alegria de encontrar-se com o menino que todo o povo judeu esperava, deram presentes a ele. (Os estudiosos entregam os presentes que trouxeram.)
Coro canta 3a estrofe de “Quero ir com os pastores”, n° 31 HPD.
Raquel: Estrela, e onde você estava enquanto isso?
Estrela: Deus, que é senhor de toda a criação, me colocou no céu, como a estrela mais brilhante, para anunciar a chegada de Jesus. Por isso eu fiquei no céu, sobre a estrebaria.
Sara: E o que você deveria fazer lá?
Estrela: Com minha luz, eu não quis chamar a atenção para mim mesma, mas apontar para Jesus. Ele sim veio trazer luz ao mundo. Eu fui apenas um instrumento de Deus para anunciar a vinda de Jesus ao mundo.
Mãe: Ah, estou me lembrando de algo que está escrito na Bíblia, que ouvi quando eu era criança. Foi assim: “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte resplandeceu-lhes a luz”.
Estrela: Isso mesmo. Vejam essa vela. Ela é pequena e frágil. Mas quando tudo está escuro, ela é muito importante. (As luzes da igreja são desligadas). Vou acendê-la. Prestem atenção. Pronto. Agora sim. Se andarmos por aí no escuro, vamos nos bater em muitos objetos e poderemos nos machucar. Ficaremos confusos, pois não há nada para nos orientar. Se andarmos com a vela na mão, poderemos caminhar sem medo, pois estaremos enxergando o que está à nossa frente (Enquanto a Estrela fala, ela caminha com a vela e ilumina o rosto da mãe, do Mateus, da Raquel e da Sara). Por isso dizemos que Jesus é a luz do mundo. (As luzes da igreja são novamente acesas.)
Mateus: Espere aí! Acho que entendi. Assim como esta vela ilumina o caminho, Jesus também quer iluminar nossa vida.
Estrela: Exatamente, Mateus. Mesmo que a vida esteja difícil e pareça não haver mais motivos para continuar caminhando, Jesus quer nos dar esperança. Através de pessoas que vivem ao nosso redor, ele quer iluminar nossa vida quando passamos por momentos onde já não podemos mais sozinhos encontrar uma saída.
Raquel: Legal! Quer dizer que Jesus não veio só para pessoas importantes da sociedade. Ele veio também para nós!
Estrela: É isso aí. Jesus quer uma vida boa para todas as pessoas. Não quer que ninguém sofra, não quer que as pessoas passem qualquer tipo de necessidade. Para ele, todas as pessoas são importantes porque foram criadas à imagem de Deus. Por isso, Jesus nos faz um convite. Ele nos convida a lutarmos pela dignidade de pessoas que sofrem algum tipo de exclusão da vida boa que Deus deseja para todos. Jesus nos convida a sermos luz na vida de outras pessoas. Podemos ser pequenas estrelas que não querem ser o centro das atenções, mas que brilham para iluminar a vida de outras pessoas.
Sara: Ah, que bom! Assim, uma pessoa ajuda a outra e a vida fica bem melhor, não é isso?
Estrela: Isso mesmo. Cada pessoa é responsável pelo bem-estar da outra, em todos os sentidos. Cada pessoa também é responsável pela criação de Deus como um todo, pela natureza, pelos animais, pelos rios ...
Mateus: Estrela, só não entendi ainda uma coisa. Por quê as pessoas se dão presentes? E o Papai Noel?
Estrela: As pessoas dão presentes porque querem mostrar a alegria pelo grande presente que Deus nos deu: Jesus. Os presentes lembram o aniversário de Jesus. Mas não são os presentes e nem o Papai Noel o mais importante no Natal. O centro do Natal é o próprio Jesus. Ele sim, veio para dar um novo sentido à nossa vida. Venham até aqui. Vamos acender mais velas. Assim, vocês verão como tudo fica bonito e como é mais fácil caminhar quando uma pessoa é luz para a outra.
Todos acendem sua vela na da Estrela.
Estrela: (vem à frente e dirige-se para a comunidade) Cada um e cada uma de vocês pode deixar que sua vida seja iluminada por Jesus. Assim a vida terá sentido. Mas vocês também podem ser estrelas na vida de outras pessoas. Estrelas que brilham e tornam o caminho da vida mais leve. Estrelas que não buscam engrandecer a si próprias com o seu brilho, mas que apontam para Cristo. Estrelas que não brilham sozinhas, mas que estão ligadas à comunidade daqueles que se deixam guiar por Jesus.
Sara: Isso é o Natal: Festa da comunidade cristã pelo nascimento de Jesus, a luz do mundo!
Todos: (de mãos dadas) Neste Natal, vamos deixar que Deus ilumine nossa vida. Vamos recebê-lo em nossa casa, em nossos corações. Vamos iluminar a vida de outras pessoas porque ele iluminou a nossa vida primeiro.
Enquanto Mateus, Sara, Raquel, a Estrela e a mãe vão acendendo as velas da comunidade, todos cantam o n° 31 do HPD – “Quero ir com os pastores”. Depois que toda a comunidade tem sua vela acesa,pode-se encerrar o Culto de Natal com uma oração, seguida do Pai Nosso. As luzes da igreja são novamente desligadas, as pessoas dão-se as mãos e canta-se “Noite Feliz”.
coisas de MELINA
2 comentários:
Amei o seu blog,tem muita coisa interessante paratrabalhar com as crianças. Que Deus continue te abençoando.Bjs, fica com Deus!!!!
Mercia
fik a vontade tia mercia, pode copiar como qiser.
volte sempre.
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